domingo, 1 de janeiro de 2012

Glück

Como seres humanos que somos temos, claro, inúmeras falhas, complexos, decepções, frustrações, desilusões, perdas. Uns menos que outros, valha-nos isso. Corremos diariamente no estado pleno da Glück de Goethe. Nos encontros duradouros, a dificuldade está em manter a tal intensidade acesa, presente, que por mais tímida que possa estar em muitos e muitos momentos, jamais se apague. Difícil, muito difícil. Mas possível. Observo eu, claro. Nos novos encontros, e por via da tal corrida intensa que fazemos, olhamos mal. Muitas vezes, no novo, em lugar de lhe procurarmos o que nos possa excitar, tranquilizar, aquecer, ensinar...comparamo-lo. Normal, óbvio. Fazêmo-lo todos. A questão principal nunca está, ou nunca deveria estar, em quem faz o quê. Em determinados momentos da vida, todos falhamos, ignoramos, desconhecemos, desiludimos, mentimos, não perdoamos, magoamos. Maior parte das vezes inconsciente, certo. Faz parte dessa saudável insanidade da tal procura da Glück. Só assim a encontramos. A diferença reside numa única palavra. Respeito. Respeitar cada uma desses pessoas é a única forma da experiência nos proporcionar um sorriso. Uma sensação de que não houve tempo perdido. E que, quem sabe, um dia, num outro momento, num outro estado de procura e num outro caminho...olhemos melhor. Aplica-se a tudo. Trabalho, amores, paixões e amizades.