quarta-feira, 8 de junho de 2011

life


Andamos quase sempre em bolandas. Fazemos círculos completos de tempo, espaço e momentos. Gritamos, choramos, rimos, falamos, calamos, amamos, odiamos, desesperamos, alegramos, sorrimos. Caminhamos sempre em frente. Chegamos lá e andamos para trás. Chegados cá atrás, olhamos de novo em frente. Dúvidas, hesitações, certezas, conclusões. Mudanças, rotinas, lembranças, esquecimentos. Êxtases e amarguras. Decisões e incertezas. Questões, questões, questões. Palavras, sons, afectos, emoções. Corações abertos, mente adormecida. Caminhos, caminhos, caminhos. Forças e fraquezas. Perdões, absolvições, desculpas. Abraços, beijos, sexo, paixão. Procura, procura, procura. Desejos, ansiedades, sonhos, vontades. Perdas, ganhos, vitórias, derrotas. Avanços, recuos, encontros, desencontros. Fidelidades, traições, amizades, desilusões. Companhia, solidão. Portas abertas, janelas fechadas. Chão ausente, sucesso distante. Quentes e frios. Solidários, indiferentes. Sonhadores, realistas, positivo, negativo. Pedimos ao tempo que desfaça. Mas há coisas que o tempo jamais desfaz. É a vida. Insiste em pedir-nos. É o que nos vale. Ou não.