domingo, 6 de novembro de 2011

a night at the bowling



Convite para o bowling. Perguntado se gosta de jogar, ele, na sua extrema assertividade responde de imediato que sim, claro. Gosta mesmo, no caso. Na verdade, se ela lhe perguntasse se gostava de cricket, a resposta seria a mesma. Então, siga para o bowling. Pelo caminho, condução a duzentos à hora, com a tranquilidade de quem passeia no campo. Pergunta-lhe se vai muito depressa, Claro que não, responde-lhe, na esperança que o caminho seja curto...não que tenha medo da condução, mas porque lhe sabe bem ir ali ao lado. Bem devagarinho, afinal, não é todos os dias. São muito poucos aliás.
Antes do bowling, um quick-snack bem spicy. Arre que arde. Nada que a Pilsener não apague. Por ele, seriam 10 pilseners, mas está no estágio para bowling...na sporttv o Sporting ganha...claro. Com um olhar desviado para o ecrã, onde o Wolkswinkel marca mais um (marca muitos o puto), lá se tenta concentrar. Está pronto para a humilhação. Ela é profissional da coisa. Mas que raio, pensa ele, queria tanto brilhar e fazer dez strokes seguidos...não faz claro. Leva a chamada tareia. Sua desalmadamente, esforça-se por escolher a bola correcta, mas essa nunca aparece. E ela, claro, pinos atrás de pinos. F....começa a desesperar. Tenta duzentas manobras de distracção, nenhuma surte efeito. É imune à distracção. Jeito blasé, com o balanço certo nuj jeito meio naif cheio de pinta, ela dá-lhe baile. Solução encontrada: fuma. No quadro electrónico, o computador teima em não somar os pontos deles. Afinal não acerta nos pinos. Mas bolas...e o esforço...não é premiado? Injustiça! Fica a dez pontos, ou mais, não se lembra. É que, entre olhar extasiado e encantado para ela que o humilha acertando em tudo o que seja bonequinho de madeira, e o sporting que, entretanto, marca mais um...perde-lhe a conta. No fim, percebe o essencial, faltaram os sapatinhos. Foi isso, os sapatinhos fariam toda diferença. E ela, claro. Até no bowling tem pinta. Mas haverá algo em que não tenha? Duvido.