Políticas, greves, ministros, policias mauzinhos, manifestantes bonzinhos. Muito se escreveu nestes dias. Não me apetece. Pronto.
Vou falar do gajo mais estúpido que conheço. Porreiro não?
Então este gajo tem passado a vida na total exposição. Expõe tudo, logo ali à grande. Opina, escreve, fala, sorri, grita, chora (maricas ainda por cima). Explia tudo, expõe as falhas todas, um gajo cheio de defeitos ainda por cima. E fala deles, com a voz estridente para que o ouçam bem. Esconde as vontades, as bondades, as preocupações. E expõe as angústias, as raivas, os desgostos, os erros de casting, os erros de interpretação. Sempre deu o que teve e não teve, a maioria das vezes ainda por cima, considerado pouco. Não esconde, não se faz difícil, não se refugia em cantinhos e palavrinhas obscuras. Acredita, acredita, acredita. Qualquer palavrinha afectuosa, qualquer gesto que provavelmente foi treinado e repetido vezes sem conta pelo outro, qualquer mentira o engana. E é persistente na crença. Já lhe disse mil vezes que parasse com essas figuras de parvo. Mas não vale a pena. O gajo é mesmo estúpido. Apesar de ter razão.