quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

o texto mais importante

Um noite inteira a tentar escrever o texto mais importante. Mas só me saía a palavra F......que, diga-se em boa razão, resume na perfeição os milhares de caracteres que dali saíriam. Na falta de melhor, e na curta hora dormida veio-me este sonho. Muito semelhante a outro tido em tempos, ou igual. Mau sinal. Vai.

"Hoje sonhei que era um bacalhau. E, como bacalhau que era, resolvi sair da água e apanhar um pouco de sol. Estava eu deitado na areia quando me aparece uma lula. "Que fazes aqui Lula?", perguntei-lhe, estranhando estar ela fora da água. "Eu...estou á procura do tubarão-martelo. Viste-o por aí?", perguntou-me. Respondi-lhe que não. E lá seguiu o caminho dela, á procura do tubarão-martelo. Acabado de tomar o meu banho de sol, resolvi ir até ao parque, andar de escorrega. Chegado ao parque, o escorrega estava tomado por duas torneiras. "Duas torneiras a andar de escorrega? Que estranho", pensei eu. "Olhem lá, mas que fazem duas torneiras e andar de escorrega?", inquiri. "Nós queriamos os baloiços, mas o tubarão-martelo e a lula, não saem de lá...", respnderam-me muito tristes. Decidi seguir caminho, que coisas mais estranhas encontre neste dia. Como ainda era cedo, fui até ao cinema. Bilhete comprado, para bacalhau há um preço especial, lá entrei. Sentei-me (tive que ir buscar uma cadeirinha de criança, pois por azar, há minha frente estavam dois postes de electricidade altíssimos), e vi o filme descansado, comendo as minhas pipocas (com sal a mais, note-se). Já era tarde e resolvi ir de autocarro para a praia. Estava cheio, tinha havido uma convenção de hienas ali perto. Estava um barulho ensurdecedor. Decidi sair e seguir a pé. Ao descer a rua, tropeço e rebolo por uma avenida inclinada e só paro no final. Quando me levanto, reparo que sou agora uma máquina calculadora. "Será que posso ir para a água?", interroguei-me. Chego á praia e encontro de novo a lula. "Olha lá Lula, achas que eu posso ir para a água?", pergunto-lhe. Com ar incrédulo responde-me "Mas que grande lata, uma máquina calculadora que fala! E ainda por cima quer ir para a água. Já não me bastavam as torneiras...vou mas é procurar o tubarão-martelo!".