sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

SMS: 00.19h

Não digo todas as palavras que quero. Não escrevo todas as palavras que imagino. Não imagino todas as palavras que sinto. Não faço todas as acções que desejo. Não desejo todos os actos que tenho que fazer. Não procuro nada que não queira. Não quero nada que não procure. Não exprimo toda a emoção que sinto. Não sinto emoções que não queira. Não imaginava tudo o que poderia sentir. Não deixo de sentir o que julgava já inimaginável. Não desisto de tudo o que acredito. Não acredito naquilo que não me motiva. Não deixo, nunca, de seguir o instinto que os sinais da vida que vão dando. Não desisto. Não desacredito. Acredito que falho quando confio e faço confiar. Mas acredito que o tempo, esse verdadeiro julgador da alma, tudo repõe. Não me surpreendo com as dúvidas, desiludo-me com as ausências frias, pensadas, submetidas as juízos de valor que a vida ainda não teve tempo de ensinar. Não deixo, jamais, que a vida que as pessoas fazem dela, a torne verdade absoluta. Não me engano na expectativa, mas acredito na esperança do querer, do fazer, do sentir. Não acredito em corações frios, almas escuras e gestos premeditados provocados por instintos de sobrevivência e de vivência que a vida provoca em cada um. Acredito, isso sim, que há gestos que valem por mil discursos elaborados. Acredito na bondade, sinceridade, doçura e amizade de uma simples sms com 14 palavras. Não significa o pensamento constante ou a paixão exacerbada. Mas significa que aqueles 3 minutos o pensamento e preocupação estavam ali. Chama-se a isto, dar. E acredito em gostar de quem sabe dar. Não me sei viver de outra forma. Jamais saberei.
Posso não ter o céu nas mãos, mas é para ele que olho. Sempre, e apesar.