sábado, 3 de dezembro de 2011

Sinais


Fazem-nos circular, por princípio em segurança, e põe-nos algo que, a nós humanos, pelos vistos faz muita falta. Regras. São isto os sinais de trânsito. Regras de circulação por um caminho que tanto pode ser longo e seguro, como curto e perigoso.
Os sinais de prioridade, por exemplo, fazem-nos acreditar na confiança dos outros, no respeito que terão e, quem sabe na esperança. O sinal de rotunda, indica-nos provável circulação de vários, que, todos eles, sabem a regra essencial da prioridade. O sinal de stop. Faz-os parar. Obriga. Impõe. Outros obrigam-nos a virar para a esquerda quando queremos ir para a direita. A seguir em frente, quando ansiamos virar à direita. E, o mais estúpido, mas ao mesmo tempo significativo. Proibido fazer contorno de marcha. Ou seja, descobrimos, pelos tais sinais que vamos apanhando, que é obrigatório voltar atrás e tomar mais atenção aos sinais apanhados no caminho (ainda que curto), mas, que raio, não podemos fazer o contorno de marcha. Mesmo depois se escarrapachado que não é aquele o nosso caminho, a nossa estrada. Estamos ali a mais, em tempo errado, em momento errado, na condução errada. Então, que se lixe, é para o desastre, é para o desastre. Estúpidos, estúpidos, estúpidos.