quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Azul


“...Francisco está assim, como em tantas outras noites. Impaciente, coração a rebentar, desejos frenéticos quase irresistíveis. Memórias, vontades, erros, culpas. Mas sobretudo noites, paixão, entrega, partilha e sabor. Os olhos dele cruzaram-se com os dela hoje. Benditas horas, pensa. Aqueles momentos em que viu pela nesga do vestido de Teresa o azul forte que nela ficava como mel em fel, assaltam-lhe o pensamento. Que vontade, que desejo de correr, beijar, abraçar. E vior embora. Sem uma palavra trocada, uma promessa velada ou um destino previsto. Só isso, vê-la e senti-la de novo. Nem que fosse a última vez...”