segunda-feira, 1 de agosto de 2011

a música, claro.

Espécie estranha, complexa, difícil.
Cheios de motivações e frustrações, construídos a partir de nadas e tudos. Formados em idades adultas com pensamentos e vontades. Mais que isto, formados com ansiedades. Procuram, pensam que encontram, falham. Procuram de novo, numa busca exaustiva pela tranquilidade emocional. De onde vem essa tranquilidade, muitos já escreveram, pensaram e até fizeram. Sendo eu um romântico, acredito (acredito sempre) que a maior tranquilidade possível virá do encontro do "outro". Encontrá-lo torna-nos gente melhor, gente mais forte, gente mais segura. Percebemos, aquando desse encontro, que existe aquele outro lado. Uns confundem com amor, outros com paixão, outros com cumplicidade, outros com identificação. Será tudo junto, provavelmente. E só quando tudo junto se encontra, se chega lá. Nos bons casos que conheço, e num caso que não é tão recente como seria de esperar, isto deve-se a identificação. Reconhecimento no mérito, admiração pelo trabalho, partilha de uma paixão comum, a música. Após esse encontro do "outro", fala agora com orgulho, com conhecimento fundamentado, com admiração certamente. Passa a ser um "outro" envolvido nas decisões, nas escolhas no trabalho, na cumplicidade de conhecimento. Tendo isto, terão tudo. E ainda bem. Neste caso, ainda bem. A música, a sua explicação, a sua construção, fazem parte da sua essência. Bom saber.