quinta-feira, 4 de agosto de 2011

escrevo

Palavras escritas sem destinatário. Recordam-nos o que de melhor somos. Fomos. Escritas para que possa ser ainda melhor. Escritas olhando para uma janela escancarada para a noite, onde a luz amarela reflecte no vidro a minha companhia nesta noite de um dia especial que acaba. Escritas para a boa recordação do sabor indescritível dum beijo, da força inesgotável de um abraço, da poesia terna e suave de um olhar. Escritas para que recorde sempre que existe o belo. Escritas para que a simplicidade pura, os movimentos únicos, o olhar inesquecível faça parte de um imaginário sentido. Escritas para alimentar o egoísta que aqui habita. Escritas ao sabor da memória das páginas escritas por José de Alencar, onde “cada palavra que se escreve é o espelho da palavra que falta”. Escritas assim, porque sim.