sexta-feira, 6 de maio de 2011

Kindness.


“...e, assim, só se chamarão bons os de coração recto, os não flexíveis, os insubmissos, os melhores. Reinvindicarão a bondade apodrecida por tanta baixeza, serão o braço da vida e os ricos de espírito. E deles, só deles, será o reino da terra...”
Pablo Neruda - “Nasci para nascer”

Bondade implica a disposição natural para o bem. Dezenas e dezenas de poetas já a escreveram, dezenas e dezenas de artistas já a cantaram. Nascerá com todos, certamente. Ao longo dos tempos, foi o Homem e só ele quem a usou. De quem dela abusou. Já foi usada, é usada, por uns e por outros. Os que se acham detentores da mesma, e os que acham que a mesma faz parte de si. Pode ser usada por uns, para reivindicar o que é de outros. Fossemos todos mais rectos, menos insubmissos. Mais ricos de espírito. E seríamos, todos e a toda a hora, possuidores de bondade. Mas nascemos, crescemos e somos criaturas imperfeitas. Todos nós. Os bons e os maus. Aspirar a sermos os primeiros, deverá ser o nosso devir. Que poucas vezes, ou vez nenhuma sejamos os segundos. Que de nós possam dizer que sim, ele tenta e é, a maior parte do tempo, bom. Já não será mau. O contrário é angustiante. Angustiante.