sábado, 7 de maio de 2011

Truth.


“Deus traçou o caminho de cada um: o voo do falcão não é igual ao do cisne, mas isso pouco importa, desde que cada um sirva a verdade e a justiça.”
(Tolstoi)

Sejamos nós Falcões ou Cisnes, tentamos, espero eu, um caminho de verdade. Desde cedo lá hesitamos entre o voo aguçado perante a presa, ou o caminhar suave e tranquilo pela vida. Com o destino já traçado, tomamos decisões. Achamos que, dessa forma, mudaremos e faremos o nosso destino. Doce ingenuidade a nossa. Somos o que no fim fizémos. Olharemos para trás, cada um de nós, e aí e só aí saberemos a resposta. Fui mais Falcão ou mais Cisne? Escolhi caminhos tranquilos, logo por princípio, mais verdadeiros. Ou optei sempre pela confrontação, a vitória sobre o outro, a minha felicidade construída sobre a sua triste derrota? Procuraremos todos a Verdade, acredito. A nossa. A de cada um. Aquela que julgamos fazer parte de um caminho que, premeditamente, vamos construíndo. Através de escolhas, negações, opções que fazemos. Julgamo-nos a maior parte das vezes certos, e erramos pouco. Nós, não os outros. Fazemos livres e público julgamentos sobre verdades que construímos, visando a ultrapassagem interior dos nossos erros. Mandamos o erro para o outro lado da barricada, sabendo-o inocente, indefeso, exposto. Do lado onde deveríamos estar, aliás. E porquê? Porque temos a certeza do nosso destino. Um certeza absoluta que a verdade está do nosso lado. Porque voamos como um Falcão, e temos uma visão ampla do ontem, do agora e do amanhã. O Cisne, esse coitado é mais lento, tem uma visão reduzida. Esquecemo-nos da sua vantagem. É incapaz de nos aniquilar. Pelo menos nisso, é mais puro. E mais verdadeiro.