sábado, 9 de abril de 2011

Agências de Comunicação

A propósito do Congresso do PS. E a propósito de estar atento ao trabalho de agências de comunicação. É o que lhes chamam.
Alegria, abraços, festa, riso. É só o que se vê por ali. Diz-se que Sócrates é assessorado por uma das maiores e mais caras agências de comunicação do Mundo. Nota-se. Ali tudo é preparado ao mais infímo pormenor. Timings de entradas, durações de discursos, entrada em cena dos vários discursantes. Juntam-se regressados que apelam à esquerda, indefectíveis ausentes de conteúdo com as habituais odes ao chefe, e desavindos que trazem o mesmo de sempre. Gritaria. Voz grossa. Mas resulta. Olhamos para este espectáculo preparado para as tv's que o acompanham a cada segundo, e vê-se que existe planeamento. O que, em certo sentido, mostra profissionalismo. O que nem a tal agência de comunicação prevê é o mais evidente. Mas de que riem eles? Porque se abraçam efusivamente? Porque dão gargalhadas incontinentes, fazem piadolas de cabaret sobre oposição e, mais grave, porque se esquecem? Não vi, não vejo, em nenhum deles o menor pingo de mea culpa, o menor semblante carregado, a menor preocupação com o estado do País. País que nos deixam. E pergunto-me: quem paga isto tudo? Subvenção do orçamento de estado aos partidos. É de onde vem o dinheiro para isto. Ou seja. Vem do nosso bolso. E ainda riem?