sábado, 30 de abril de 2011

de que falam as estrelas?

Imagino-os lá em cima. Na palheta umas com as outras, olhando cá para baixo e pensando "porque damos luz a esta gente?". Certamente, por isso mesmo, mandam fechar o céu. "hoje ficam às escuras!", a ver se aprendemos, pensarão. Todos os dias e noites ali estão. No mesmo lugar de sempre, com a mesma luz de sempre, provavelmente na mesma conversa de sempre. Achar-nos-ão todos doidos. Tanta luz que nos chega, e tanta escuridão nos atravessa. Fazem as mais graciosas coreografias lá bem alto, e nós...bem, nós nem as vemos. Olhamos demasiado para baixo. Recusamo-las. Uns estúpidos, é o que somos. Temos os limões. E, em vez de fazermos uma limonada...ficamos amargos. Olhamo-las pouco. Eu olho-as pouco. Há uns tempos atrás, não há muito tempo atrás, traçaram-me os mais doces e nobres elogios. Hoje, perante um pedido de esperança, de fé, de crença. Perante um pedido de ajuda, disseram-me as palavras mais desagradáveis possível. Foi esta a resposta. A mesma pessoa. Porque me disseram coisas diferentes em tão curto espaço de tempo, ainda não descobri. Mas tenho uma leve ideia. Estava a olhar para baixo, desta vez. Mas é a última. Prometo-vos Cassiopeias.