segunda-feira, 18 de abril de 2011

Montéquios e Capuletos (que me perdoem uns e outros)




Dizem por aí que num País à beira-mar plantado ocorre, há anos, uma gerra digna dos melhores Montéquios e Capuletos. Habituados a tudo partilharem, e tudo distribuirem irmamente, parece que, nos últimos meses, e em virtude do pouco que ainda existe para distribuir, a guerra adensou-se. DE um lado, os Montéquios, nobres no poder, conduzidos pelo Grande Líder, um homem emotivo e determinado, dizem. Do outro, os candidatos a Capuletos, liderados por um jovem que cita livros inexistentes, e escreve livros vazios, sem emoção no rosto, que exibe exactamente o mesmo semblante quando diz hoje, o contrário de ontem.
O experiente e esperto Montéquio anda nas purgas. Internas. Levando à letra a expressão utilizada por um dos maiores pensadores do Soclialismo PortuguÊs pragmático “quem se mete connosco, leva!”, tem andado numa roda viva, empenhado em sovar tudo e todos os que lhe aparecem pela frente. Além de sovar há 6 anos consecutivos cerca de 10 milhões representantes do chamado “povo”, sova todos os que o possam incomodar com assuntos tão menores e banais como uma licenciatura domingueira, a compra de um “pesetero” para vésperas de eleições, uma casa de luxo a preço de amigo, transitada através de uma polida “offshore”, licenciamento do mais grave atentado ambiental europeu, ou amenas cavaqueiras com gente desaconselhável sobre a famigerada liberdade de imprensa portuguesa, num processo (Face Oculta), bem explicado por uma ex-membro do Secretariado Nacional, aconselhada em tempos por um Ministro a “ajudar um amigo do PS”. O Amigo do PS é o principal arguido do referido processo.
O jovem aspirante a Capuleto está a facilitar a vida a muita gente (ausentando-os), para a próxima batalha de 5 de Junho. Com a sua mais recente e brilhante “iniciativa”, convidou para líder na batalha de Lisboa, o melhor representante da tal “cidadania do povo”. O que ficou da mais recente prestação do dito “general” foi uma vaidade pessoal sem limite, um populismo amador e bacoco, assente num curriculo profissional exposto sem fim, num despodorismo atroz. E que demonstra maior das “invirtudes” para uma guerra. Há muito que pula de cerca em cerca, de lado em lado, procurando o lado da guerra que lhe aponte o mais luminoso e espalhafatoso holofote.
No meio disto tudo, chega-nos a habitual falta de vergonha. Do lado dos Montéquios, os “generais” escolhidos para a batalha, são os mesmos que infligiram a maior derrota ao País de que possa haver lembrada e avisada memória. Do lado dos aspirantes a Capuletos, parece que foi pedida ajuda a um “brilhante marketeer político”. Que vem importado das terras de Vera Cruz, onde todos os dias de um português se fala. Nas anedotas. Que têm bigode e são burros. Pois são.

Na foto: Batalha de Aljubarrota, para que se inspirem.